Mitos e Verdades Sobre o Sono

O que diz a Ciência do sono

Dormir bem é um dos melhores hábitos para a saúde – se não o melhor. O sono de qualidade é capaz não somente de recuperar o corpo de todas as “agressões” causadas ao longo do dia como é um excelente método preventivo de doenças e problemas emocionais, como estresse, ansiedade e depressão. Uma noite mal dormida afeta diretamente nossa saúde – física e mental – trazendo consequências como redução da memória recente, dificuldade de concentração e aumento da irritabilidade.

Um estudo feito pela Universidade da Columbia Britânica, no Canadá, e publicado na Health Psycology, mostrou que a má qualidade do sono interfere na nossa capacidade de processar emoções positivas. Ou seja: de ser feliz. Quando as pessoas têm uma experiência positiva, como um abraço ou passar um tempo na natureza, elas tipicamente se sentem felizes naquele dia. No entanto, descobrimos que quando uma pessoa dorme menos que a quantidade usual, não há tanto impulso de emoções positivas geradas por eventos positivos”, disse a psicóloga Nancy Sin, principal autora do estudo, em comunicado oficial. Por ser algo tão importante em nossa vida, muito se fala também sobre o assunto. Mas, afinal, o que é mito e o que é verdade? O que, de fato, tem comprovação científica e explicação médica por trás? Desvendamos tudo aqui!

“Todo mundo precisa da mesma quantidade de horas de sono por dia”

MITO

Cada organismo tem uma necessidade diferente. Para se ter uma média mais próxima da quantidade indicada para cada pessoa, pesquisadores da National Sleep Foundation, nos Estados Unidos, publicaram recomendações gerais para cada faixa etária:

  • Crianças pequenas (1-2 anos): É recomendado que a noite de sono dure entre 11 e 14 horas (nem mais, nem menos).
  • Crianças em idade pré-escolar (3-5 anos): De 10 a 13 horas. Especialistas recomendam evitar que crianças nessa faixa etária durmam menos de 7 horas ou mais de 12 horas.
  • Crianças em idade escolar (de 6 a 13 anos): A quantidade ideal de horas de sono por dia é de 9 a 11 horas.
  • Adolescentes (14 a 17 anos): a média diária recomendada é de 10 horas.
  • Adultos de 18 a 64 anos: A recomendação é não dormir menos que 6 horas e nem mais que 10 ou 11 horas: o melhor é ficar entre 7 e 9 horas por dia. Não devem dormir menos de 6 horas ou mais do que 10 ou 11 horas.
  • Idosos (65 anos ou mais): De 7 a 8 horas de sono por dia.

“Quanto mais tempo dormirmos, melhor”

MITO 

Dormir muito a mais do que o recomendado pode ser tão prejudicial quando dormir a menos. É o que mostrou um estudo recente da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) em parceria com o Instituto do Sono, De acordo com os pesquisadores, dormir demais pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e hipertensão, por exemplo. A explicação seria de que, quando dormimos, há redução da atividade cardiovascular, queda da pressão arterial e da frequência cardíaca. Daí a importância da quantidade de horas ser equilibrada e da qualidade do sono ser boa.

“Ouvir música ajuda a dormir melhor”

VERDADE

 Mas é preciso escolher bem a playlist ou vídeo do YouTube antes de ir para a cama. Para interferir positivamente na qualidade do sono a música precisa propiciar relaxamento e bem-estar. Bons exemplos: sons da natureza, barulho de chuva, som de cachoeira e de paisagens naturais, músicas instrumentais e selecionadas especialmente para o relaxamento.

“Fazer atividade física antes de dormir prejudica a qualidade do sono”

VERDADE 

Embora se exercitar esteja entre as principais recomendações de uma vida saudável, algumas atividades (principalmente aeróbicas) elevam a nossa energia após sua realização podendo levar até 5 horas para voltar ao estado de relaxamento. Prefira o período da manhã ou da tarde para garantir um sono de qualidade e ininterrupto.

“O sono da tarde é benéfico à saúde”

VERDADE 

O bom costume dos europeus, de dormir à tarde, tem fundamento e vantagens para o nosso corpo. De acordo com as pesquisas, dormir de 10 a 40 minutos depois da refeição revigora o cérebro, dá mais energia e capacidade de concentração, entre diversos outros benefícios. A recomendação, no entanto, é que não passe de 40 minutos para não interferir no sono da noite.

“Trocar a noite pelo dia não faz mal”

MITO

O corpo humano tem um relógio biológico, chamado de ciclo circadiano, que regula todos os ritmos do organismo: metabolismo, produção das glândulas nos órgãos, atividade mental, disposição. Quando algum fator externo interfere nesse ciclo (como horas excessivas de trabalho ou a troca do dia pela noite) o organismo fica desequilibrado como um todo. De acordo com a Associação Brasileira do sono, 95% da população mundial tem o corpo biologicamente regulado para estar em atividade durante o dia – e dormir à noite. Além disso, fatores como luz, barulho e outras inferências características ao período diurno podem interferir na qualidade do sono, impedindo que as oito horas de sono (em média) tenham a mesma qualidade e efeito sobre o nosso corpo.

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